sábado, 26 de dezembro de 2009

vim espreitar!

Caros e Caras:

Eheh.. tenho estado sem net e parece que vou continuar assim por um tempo... As chatices essas estão-se a resolver. aproveito este tempo de reflexão para (re)ponderar, quem sou, o que quero e para onde vou...

Estou feliz, apesar de cansada... tenho de largar o que foi e agarrar-me ao que quero que seja... estou a trabalhar nisso...

Tenho no meio disto tudo, pensado em imensas coisas, mas não escrevi... podia ter escrito e agora aproveitar e largar uns 200 textos para entretenimento de algumas pessoas... mas não o fiz... sempre que puder vou colocando por aqui algo...

Natal e ano novo, que dizer de algo já tão gasto comercialmente??

Dizer que é bom porque estamos com a família? porque vemos a alegria nos olhos de quem gosta de nós por ali estarmos... bem então Natal é sempre que eu estiver com quem me quer!!

Adoro ver as crianças no natal na perspectiva do que vão ganhar... se só ganhassem um numero controlado de presentes para que lhes pudessem dar o valor merecido e terem tempo de apreciar.

Não estou amarga... acreditem ri-me e riu-me de ver as brincadeiras com as prendas, nas crianças e nos adultos (não me coloco em nenhuma destas categorias... estou algures no meio e ai quero ficar)... gostava só que fosse mesmo o amor e a alegria, o carinho e o apoio a FAMILIA que importasse no Natal e festas assim.. e já agora pelo ano todo...

Estou feliz porque quem mereceu recebeu o que merecia este Natal... O filho! ou O Pai!

Estou feliz porque abriu-se um portão na minha vida!

Estou feliz porque vocês estão felizes, mesmo na crise, no carinho dos esposos(as) e dos filhos(as) e das famílias respectivas.

Estou feliz porque o Puskas vive comigo!

Estou feliz porque respiro, vivo e continuo a ter forças para a batalha!

Estou feliz porque estou a aprender a canalizar as forças, para mim própria!

Estou feliz por usar a palavra EU!

Até breve


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Interpretações


Ora bem, como pessoa extremamente alegre e bem-disposta que sou, adoro gargalhadas…

Sabendo isto, os Seres Humanos que me rodeiam, por tendência têm sempre algo bem animado para partilhar comigo.

Uma boa anedota (vai ser uma de gaija,porque não vou por aqui porcarias...deliciosas e bem dispostas): Uma Loira, uma Morena e uma Ruiva atiram-se de um prédio, quem chega 1º? ... A Morena, a Ruiva pára para perguntar o caminho e a Loira perde-se... (desculpem-me as ofendidas... mas num quero ofender... gosto de todas...)

Um bom vídeo: Vou pôr um de gatos sou tendenciosa... e outro de monstros (adoro as historias de cavaleiros, monstros e Lindos e meigos Dragões e Lobos também, e Peter Pan e Fadas)...

E ultimamente mostram-me muito “Misheard Lyrics” de músicas conhecidas ou de línguas que não conheço.

Ora já conheço a música e a letra, até canto no banho á capela (muito mal e com a porta fechada, porque os gatos entram em desespero com o meu cantar).

Mas quando vejo o vídeo e leio as legendas colocadas… já nem me lembro do original.

Rio-me á meses com coisas dessas, mas hoje pela manhã algo me ocorreu, o cérebro humano é estranho, e se em algumas situações é claro e racional, noutras os sentimentos toldam a vista e a compreensão.

Se umas letras podem alterar o sentido de uma música, que se conhece á tanto tempo, o que farão os sentimentos quando tomam conta de nós e no sofrimento, só lemos agressões ou saídas fáceis (e elas nem lá estão, nós é que as obrigamos a estar), e na alegria só vemos o bem e tentamos ignorar o mal…

É assim que surgem os mal entendidos, o cansaço do dia-a-dia, a crise, o stress, a dor muitas vezes leva-nos a colocar as pessoas onde não estão… Principalmente quando estamos na ignorância do conhecimento de alguém, algo ou facto…

Aqueles dias em que parece que o mundo se virou contra nós!!! Muitas vezes é fruto só de um acontecimento grave, que leva a interpretações erradas do restante… é complôs por todo o lado e enganos…

Há um tempo atrás lembro-me de falar com uma amiga sobre rapazes a viver juntos e raparigas, mais de 4 claro está:

os rapazes comem o que é uns dos outros sem preocupação, substituem avisam e não stressam, e incrivelmente longe de casa são asseados!

As raparigas, nos 1º meses facilitam tudo e depois começam, ou porque ocupou o espaço, porque não tirou os cabelos do ralo ou do chão, porque estão duas a rir e a 3ª de imediato acha que é dela, nem pergunta nem se tenta integrar, e começam as guerrinhas e os mexericos…

Eu que sou dada as explicações por hormonas, acho que se sangramos 1 x mês, x dias por semana, o corpo esta sempre a espera que algo aconteça nesse mês (bebes), somos realmente de altos e baixos, de carinho e chocolate ou de chega para lá, e tudo no mesmo dia.

Mas também temos esse direito, nós carregamos a humanidade durante 9 meses, sofremos alterações grandes, alimentamos e cuidamos dessa mesma humanidade, então temos direito ao desvario de vez enquanto, porque era fixe puder fazer um xixi de pé, contra qualquer árvore, em qualquer sitio, e não esperarem grande coisa de nós, porque prontos somos gaijos!!!

Tanta conversa, porque adoro os mistérios do cérebro, continuando os meus desvarios bem dispostos…

Apesar de tantas diferenças físicas, hormonais e até sentimentais, quando o cérebro se perde da realidade perde-se nos 5 géneros humanos (não sou homofóbica, lesbiafóbica ou bisexuafóbica por isso incluo todos…) por igual…

A racionalidade é limitada à dúvida, desconhecimento de causas, factos ou seres humanos!

Por isso vou continuar a rir das “Misheard Lyrics”, sem problema nenhum, e continuar a rir dos meus próprios enganos e más interpretações… das dos outros não consigo, porque o meu sofrimento sei alivia-lo, o dos outros… bem as vezes é possível, com carinho ou simples boa disposição, mas nem sempre tenho o direito ou sequer o dever de interferir.

Voltando à misteriosa e deliciosa, diferenças entres os sexos :D.

Podem os Senhores Gaijos claro está, pensar em pegar numa mochila com 3 peças de roupa e passear 1 mês, e as Senhoras Gaijas?

As Senhoras Gaijas, são apelidadas de atrasos de vida e lentas porque:

Têm de se lembrar de levar 3 pares de cuecas, para evitar infecções e maus cheiros, senão nem nos tocam (vai-se lavando), pois então e o sabãozinho para lavar, como os Gaijos são esquisitos (1 mês) epá a maquina tira pelos e a pinça (ou ouvimos o comentário de que somos francesas ou como a rosa mota), o desodorizante (o cheiro a macho é saudável, mas ela cheirar mal UI!!! Temos fita), o tampão e o penso higiénico (não é bonito andar por ai com manchas e rastro), o sutian up e o decote generoso (ou vão estar sempre a olhar para os outros decotes e a comentar, sem pensarem sequer no sacrifico que a gaija ao lado faz sem um banho decente á dias, um creme generoso uma pedicura ou manicura), o canivete, o álcool, os lenços, e não esquecer muito importante a lanterna, porque os Senhores gaijos vão pedir estas coisas todas e mais outras, e de uma forma super saudável: “opa nessa mala de gaija que traz sempre tudo e é pesada, por acaso não tens….?”!!! (estou bem disposta e generalizando, não se ofendam os meninos, as regras só existem para chamar a atenção às excepções :D)

Bem, se fosse de outro modo, a Senhora Gaija iria desconfiar, daquele Senhor Gaijo que não a deixa pensar em tudo e tomar conta dele, porque Ela não consegue lutar contra essa natureza, e depois começam: “mas não gostas de mim? Não queres que cuide de ti? Mas….)

E se não for assim está tudo estragado… e além disso nós Senhoras Gaijas não teríamos nada para reclamar!!! E gaija sem reclamar um bocadinho, sem ele perceber o porquê perde o encanto, o mistério e o segredo lindo de quem cuida da humanidade.

À anos que falo com mulheres sobre mulheres e principalmente o assunto preferido, os homens e como são básicos, diferentes e irritantes… e adoramos isso… o que mais oiço, é: “tive que educa-lo” (pobres mães das paixões das mulheres tão mal faladas numa simples frase)… esta arrepia-me, gosto de ver os seres humanos voar, errar, acertar, cair, levantar, rir e chorar, gosto de ver a vida pulsante á minha volta, de ver as acções e reacções… o Cérebro…

Por isso vou tentando resistir á educação forçada de outro ser humano… e às conclusões antes de perguntar directamente…

Isto dava pano para mangas… por isso peço encarecidamente, que deixem comentários e opiniões e que aqui se alevante um tema giro e saudável de discussões… Guerras saudáveis e bem-dispostas, contradigam-me e contradigam-se!

PS: Outro tema… o que dói mais parir e os dias seguintes, ou um homem trilhar os testiculos, explicaram-me que são 2 dores, trilhar e destrilhar!!!!

PS2: Cada palavra com cor diferente tem algo para ver, e bem engraçado!!!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pesca


Como gaija_do_mar que sou, apoio incondicionalmente a pesca de coisas (peixe pá) de bom tamanho... anda ai uma criança...

Tenho truque para sair peixe... chichi virado ao mar... atrai... relativamente ao pescar em si, são momentos em que parece que a sobrevivência depende do que se tira, em que o facto de pescar para comer, devolve-nos ao instinto natural, a concentração na cana e no prazer de ouvir o mar, obriga o cérebro a parar por uns instantes e a descansar, quando vem... ai o pensamento continua desligado e sobe a adrenalina de uma luta pura, de um ser humano e a sua presa...

Depois a necessidade de rapidamente voltar a sentir o prazer da luta, por isso, queimam-se etapas, bota minhoca, atira a água e nem se posa a cana, saiu um de certeza que há lá mais... Compreendo a Pesca... ou o que a Pesca traz ao stress diário de uma labuta, que parece não ter fim... :D

Humm e o comer depois também é bom, se alguém mo amanhar, enquanto se come e se partilha o fruto do dia, partilha-se as histórias do peixe grandão que fugiu, do material que ficou, de como foi para tirar o maior, dos outros ao lado e o que tiravam, das conversas que aparecem dos pescadores exagerados, atropelam-se as palavras, os acontecimentos, volta atrás e reconta faltava aquele pormenor… e do minorca apanhado por uma guelra… ou com uma minhoca maior que o peixe...

Cresce-se porque se deu à alma o direito ao descanso e ao puro prazer… sem exigências de nada em troca… para além da dança descobri algo que me acalma e me devolve ao meu eu…

Este post surgiu porque fui finalmente de novo á pesca… e porque queria comentar o meu parceiro de pesca… e olha … o comentário saiu post!

(Não fui eu que tirei a enguia!!! Eu só tirei os canitos… estou a reaprender…)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Porta aberta...


A minha casa é como o meu coração, porta aberta... só entra quem quer entrar, quem não quer esconde-se... quem esconde algo, esconde o algo longe da minha porta aberta.
Pior cego é o que não quer ver...

Músicas


A música tem o poder de me elevar a planos inimagináveis, a nível emocional, sensual, físico ou mesmo intelectual.

Até para fazer xixi gosto de música.

Não sei cantar (canto tão mal, que ou sobem o volume do rádio para não se ouvir a minha voz, ou me dizem na cara a música é gira Joana canta baixinho!) lol.

Não sei tocar nenhum instrumento, (não vou morrer estúpida, e vou aprender a tocar piano, som delicioso) mas vivo rodeada de pessoas que o sabem fazer, o meu Pai tocava viola acústica… ainda o vejo de viola na mão, cigarro ao canto da boca, sorrisos nos lábios e aquela voz doce mas firme a cantar o que quer que fosse… fados, leonard, simon, ui sei lá, ou mesmo o improviso com um tio meu.

Há lá uma pessoa, que ao tocar se alheia tanto, diverte-se tanto, os olhos brilham… que eu perco a cabeça e faço coisas inimagináveis…

Depois há quem saiba que pode partilhar a música comigo, uns mais para a guitarrada, outros para o baixo, outros para a bateria, ou mesmo a música clássica e étnica (lol) que tanto gosto e alguma me diverte.

Adoro dançar, falar com o corpo, reagir aos sons e às líricas das músicas. Interpreta-las pelo que são, a raiva, o desespero, o amor, a amizade, a sensualidade…

Adoro divertir-me com os meus amigos(as) pela música… nem preciso do álcool só dos sons…

Musica òh musica que consegue sempre mostrar o nosso estado de alma

As viagens mais ou menos longas, em que se canta e se ensina a cantar: “ Como é possível Joana, que mesmo dando-te o tom certo tu cantes tão fora de tom!” lol eu só ria!!! Obviamente… canto mal mas com prazer… há coisas que faço bem sem prazer nenhum…

Músicas que assinalam o inicio, a execução ou o fim de algo…

Musicas que nos ajudam a pedir o respeito que merecemos…(muher incrivel)

Musicas que nos ajudam a perceber, e deitar cá para fora sentimentos eufóricos de alegria ou tristeza profunda… (cota charmosoooooooo)

Sons que nos embalam na noite, como as historias que ouvia á pouco tempo, ou o som melodioso de quem me lia versos para eu adormecer…

Musica…

Este Post é resultado de algo que me mandaram… em forma de partilha… com o carinho que mereço apesar da mágoa que me causam, pelas escolhas que fazem, mas voltas sempre… ao colo descansado e sereno do meu ventre… Adorei a atitude, mas a frieza e a distancia cresce… bem lá vou eu para o castigo, portei-me mal... reagi à dor...

Vejam os links…

Publicidades


A publicidade tem mistérios misteriosos (viva os pleonasmos). Small details, que deitam abaixo qualquer campanha, cara ou barata.

Sou um bocado esquisita. Gosto de anúncios originais, inspirados, bem conseguidos. Nem sei se compro por causa da publicidade ou não, mas a consumir, e com a idade tornei-me muito mais selectiva (a crise também ajuda).

Comigo já não funciona a famosa teoria de: “Não há má publicidade” ou "Não importa que digam mal, o que importa é que falem disso".

Acredito que até possa comprar mais, distraidamente, por ter visto algum anúncio de que tenha gostado.

O que me parece, é que alguns Senhores(as) que criam as ditas publicidades não entendem, é que eu Só compro se gosto, se não gosto num gasto os euros.

Por exemplo:

Exemplo 1 - Famosa anedota dos Tampax, os putos nem sabem po que serve mas na televisão dá a imagem, que dá uma liberdade total, para andar de bicicleta, de skate, nadar, correr, saltar, etc.… atão os putos querem lá ter pais que os proíbam, querem é Tampax!!!

Exemplo 2 - Marisa Cruz e um balneário cheio homens nus (a maioria ocos) – e aparece o famoso "com tomates". BLERCK ! Básico! Sem Piada! Nem que exista outro sumo eu trago um que me põe a falar ainda mais grosso para casa! Alem disso tomates é na salada e nos estufados!!!

Exemplo 3 – Nos anúncios de uma certa cerveja (artigo que nem aprecio). Uma loira e uma morena, provocantes, e o slogan: «A ruiva é a mais gostosa». Oras toda a gente sabe que as ruivas são falsas (conheço algumas bem fixes, mas raramente), mais de metade pinta para disfarçar o próprio ser (sou um cadito contra pintar cabelos, acho falso mudar a aparência, para mim mamas de silicone só em caso de grave de handicap de falta delas ou doença grave)

Um parênteses aqui só para explicar o handicap, por mais segura de si própria que uma mulher seja, se passa o tempo todo a ser chamada à atenção, para os grandes pares de mamas que beltrana ou sicrana tem, e se esquecem de falar que mesmo assim as dela são as mais lindas do mundo!!! Não há segurança que aguente!!!!!

Exemplo 4 – um bom exemplo: (vou por vários não resisto)

1 – Preservativos – Só mostra a fita que a má educação que se dá ás crianças pode ter, mas que realmente tem piada… sórdida tem.

2 – O Jornal, o ginásio, o puxar pelo clube ou a foto das férias, bem pensados e conseguidos :D, abre um sorriso inté nos que têm a mania de ser sérios e crescidos.

3 – A dieta e o atum sem calorias!!! Isto existe, mas adoro o umbigo que chora, eu adoro umbigos e barriguinhas fofinhas com sinal de boa vida!

4 – O atum mais fresco do mundo! No comments…

Bem exemplos de publicidade bem feita… preciso de um exemplo português, aceito sugestões… com links!!!

Bem tudo isto para dizer, que não como o que publicitam… não sou influenciável, assim nunca me vejo em situações complicadas de diarreias que insistem em ficar!!! Eu num sou fraca de cérebro… só de boca! Caramelo hummm! Caramelo…

Como é lógico andam metáforas no meio!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Exemplos


Só quem me conhece, me mandaria algo tão bonito...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Voltei!

Um misto de tristezas e alegrias… o sentimento de migalhas! Da vida…

Faço questão de me educar e ser educada todos os dias, de me esforçar ao máximo por só praticar o que gosto que pratiquem comigo! E as rugas lindas que isso criou, nos meus olhos! Vejam vocês mesmos!

Sou um exemplo de escolhas difíceis, mas as correctas para não me enganar, nem aos outros!

Um exemplo de respeito pela privacidade de cada um! (mesmo quando a curiosidade mata)

Um exemplo de aceitar a VERDADE por mais dolorosa que seja!

Um exemplo a perdoar, quem erra comigo! Pelo pânico que sentem ao serem encurralados á distancia! Ou simplesmente pela ignorância de saberem, que por mais doloroso que seja, comigo não há enganos, omissões ou mentiras!

Um exemplo a pedir desculpas e a admitir erros de cálculo ou outros! E a tentar corrigi-los (mesmo que doa)

Um exemplo por ser mulher, e tentar manter a calma nas situações mais inóspitas possíveis! (tentar nem sempre consigo)

Um exemplo de confiança (mesmo quando desconfio)!

Um exemplo de carinho constante, por tudo o que me rodeia!

Um exemplo para mim mesma e mais ninguém !!!

Mais uma vez, cheia de defeitos… Humana muito Humana!!!

Vou trabalhar com crianças, aqueles que mais alegrias dão á minha vida! O que me move para o futuro! O que me faz acreditar nas mudanças!

Sou mãe por natureza, pena ainda não ter tido os meus… mas trato muito bem dos dos outros, mirrados ou graúdos!

Aqueles que dizem a verdade incómoda, sempre, porque ainda não aprenderam quão mais fácil é mentir.

Voltar aos meus 24 anos, usar um bibe e rir da gargalhada pura, não forçada de um ser ainda honesto!

Voltei a Aveiro, para não magoar quem gosto muito e sinto um respeito, que só ofereço a algumas pessoas na minha vida, Cariño! Gracias por tudo!

Descobri cosas, que num sabia que sentia! Um tapete retirado aos meus pés… mas não cai!! Agora tenho asas…Aceitei e vou resolvendo!

Não se esqueçam casa e apartamento á venda!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sorrisos

Bem cá estou eu, processo fisiológico terminado, estou bem de saúde e recomendo-me.

Entre ontem e hoje, tive que andar de TP (transportes públicos) em Lisboa… menos gente (viva as férias), mas também andei fora das horas de ponta…

Autocarros com ar condicionado, bons assentos (de assentar) e bons amortecedores. Até já conduzidos por mulheres. E os eléctricos? Andei ontem num só 2 paragens para matar saudades do transporte que durante tantos anos, me levou à escola, ao Bairro Alto, às escapadelas… ihih

A cidade, como sempre, está bonita, adoro as saudades que sinto de Lisboa enquanto estou fora, e adoro vir matar as saudades por uns dias.

Gosto (nesta altura) do calor que se sente, da brisa nas arvores dos escassos jardins, que aparecem nalgum bairro, gosto dos turistas a olhar e a fotografar, a rir do eléctrico, porque abana e as crianças caem, eles também ao colo de alguma velhinha que nem fala inglês, mas sorri quando aqueles olhos calmos traduzem o que a boca diz “I’m so sorry lady!”, gosto das montras, uma após a outra, rua após rua, gosto dos monumentos, dos teatros, dos cinemas (a maior parte desactivado), da Av. Da Liberdade e os seus contrastes. Do Éden e do cantinho da minha geladaria preferida ( que fica nos Restauradores), dos prédios que diferem uns dos outros, de bairro para bairro, das ruas apertadas de Alfama, das esplanadas cheias, da péssima cara dos colaboradores dos cafés e restaurantes… das noites quentes, das alças e sandálias, dos finos e dos gins tónicos, da musica diferente que sai de bar em bar e se mistura na rua, seja em Santos, no Bairro Alto, Alcântara, Docas, Linha, enfim… das conversas meias em português meias nalguma língua estrangeira… a vida que seja de dia ou de noite esta cidade tem…

Depois reaparece o motivo de viver fora, apesar das saudades enormes que sinto da família, amigos e cidade.

Vou ao telefone com um grande amigo, a caminho do processo (fisiológico) já processado, animada, contente pela minha calma (1ª vez perante esta situação/processo fisiológico já antes vivido várias vezes), quando se ouve uma buzina tão alta e longa, que eu gritei de susto e lá do outro lado ouve-se “ê lá!”, depois aparece esta conversa telefónica:

Meu Amigo – Que passe por cima!

Eu – Pois e olha ficaram no sinal vermelho a discutir! Eu continuo a andar, mas a gritaria é tal que se ouve daqui!

M.A. – Pois, gente doida!

Eu – Sim completamente doida, por isto é que não gosto de cá viver, sempre mal dispostos e prontos as discutir!

M.A – Pois

Eu – Eu continuo a andar e eles ainda aos gritos caramba, vou continuar ainda algum se lembra de ter uma arma e usa-la!

M.A. – Pois, olha o (…) ligou-me, vê lá tu bem que ligou a dizer que comprou……

Parece exagero, mas não, uma pessoa que conheço, buzinou a um taxista (não me lembro se em Lisboa se no Porto), porque ele entrou á “fogareiro” nem olha nem nada, e o taxista ofendidíssimo deu um tiro no para brisas traseiro…!

Enfim tudo isto para dizer… que o stress mata, e antes de matar fisicamente, mata emocionalmente, sentimentalmente e impossibilita as pessoas de se encontrarem nelas mesmas, e tentam-se encontrar em objectos em posses, para mostrar na ida ao centro comercial ao Domingo!

Se sorrirem, perdoarem ou entenderem o próximo, garantidamente que é sorrisos que recebem de volta… e dos verdadeiros….


Processos


É tarde, estou sozinha em casa da minha progenitora (a Mãe), passo por um processo (fisiológico) já antes processado… nada de especial amanhã tudo se resolve!

Não posso dormir (questões fisiológicas), e tenho tempo para pensar… às vezes não gosto de pensar, porque sinto que ainda não estou preparada para ver, re-sentir e perdoar algumas coisas…

Mas desta vez, tudo corre bem, estou extremamente calma e bem-disposta apesar do que se passa (fisiologicamente).

Talvez por isso mesmo, por estar sozinha e não ter em quem nem onde me esconder, fazer de coitadinha, ou ser mimada…

Só obrigada a manter a serenidade e a pensar, e não exijo que outros (por norma um homem) o façam por mim!

Uma noite em branco porque errei um cálculo da hora, para a próxima acerto!

Penso que então realmente tomei a decisão certa, não quero magoar ninguém (mais), não tenho capacidade para uma relação (amorosa) enquanto não assentar a estrutura, que já acredito ter, em mim mesma!

Estou num processo (mental) longo, e que provavelmente ainda me vai causar muitos sentimentos, uns bons, outros maus e ainda os que não gosto mesmo nada e aliás dedico muito do meu tempo a eliminá-los da minha vida.

Os bons: as alegrias, as escapadelas, os amores, as paixões, o mano velho, o mano do meio, o mano novo, a mais novíssima mana, a Mãe, os Tios e Tias, os Primos todos principalmente a Catarina, os Amigos (presentes e os só de passagem), os Sobrinhos todos, a Maria (exemplo de luta e amor á vida), o Carinõ, o Peter Pan e o porquê de sentir tanta falta do meu Pai.

Os maus: as tristezas, angustias, perdas, falta de auto perdão, falta de perdão aos outros, e lidar com todos os sentimentos tristes ou depressivos (que fui acumulando) com acontecimentos ou pessoas.

Os que não gosto mesmo nada: o ódio, a raiva, o desejo de vingança, o desespero, que apesar de conseguir eliminar alguns, outros pelos vistos ficaram e são tão antigos que tenho de desenterra-los com uma pá… e cavar bem fundo.

Neste processo (mental) vou finalmente deixar de ter o conflito entre o amar / estar magoada com acontecimentos ou pessoas…

Acredito que sem este processo (Mental) dificilmente vou alcançar os meus sonhos ou objectivos de vida… e não acho que seja tarde… mais vale tarde que nunca!

Mais uma vez… a vida é bela e adoro vivê-la e gosto destes processos todos…

Amanhã é dia comprido… mas com direito a uma pequena anestesia ou sedação… acho que vou roncar e pôr mais uma vez médicos e enfermeiros em perfeita risota… a ver se desta vez não peço uma sandes de presunto e uma mini, a meio do processo (fisiológico)… (Juro que não me lembro, estava a dormir)

O processo fisiológico não tem nada a ver com o processo mental… eheh!

Partilho as minhas coisas para saberem o que se passa comigo, além disso ajuda partilhar! Muito! (aprendi isso á pouco tempo, em jeito quase de saca rolhas!)

Até Breve!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Humana...


Tenho um grande asco à vingança e às raivinhas reprimidas!

Não suporto o olho por olho e o dente por dente, acho infantil e cria ciclos que muitas vezes se tornam inquebráveis.

Admiro quem com calma, explica, sem o olho por olho… mas como tais personagens não existem, é como os sonhos… só aparecem de noite e ao acordarmos! A realidade é diferente, a minha admiração é sonâmbula!

Aqueles esgares de lado, de falta de paciência, de quem pensa que não está a ser observado… Brrrrrr provocam-me calafrios e muitas vezes acredito que demonstram a falsidade das pessoas…

É e apesar disto tudo, de diariamente ver pessoas que não gostam umas das outras a sorrirem, como se nada fosse… Pessoas que se fingem gostar… pessoas com falta de paciência, mas com fraqueza para simplesmente avisarem, que agora não, ou estas a esticar-te, ou não vás por ai… Eu não deixo de gostar das pessoas J

Para mim é qualidade, para os outros… honestamente não me interessa e estou-me realmente nas tintas…

A minha batalha para ser aquilo em que acredito… o amor, a paz, o perdão, a tolerância, a amizade, o carinho… é muito mais importante que qualquer opinião egoísta ou invejosa, pela minha generosidade diária.

Falho, aweeeeeeeeeeeeeeeeee, sou humana e tenho fraquezas como os outros, aweeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee… sou feliz por isso!!

Aviso já que foi escrito com o TPM... capixe!?!?

terça-feira, 16 de junho de 2009

A Rosa Perdida (excerto)


(…) Diana ficou um momento com os olhos meio fechados, a inalar o ar perfumado. A cada inspiração sentia que se estava a aproximar mais e mais de um lugar celestial. Mas voltou a este mundo quando Zeynep Hanim tirou os sapatos e começou a esfregar os pés nus na terra.

- Vem querida faz o mesmo.

Com a mesma atitude que tivera na fonte, Diana tirou os sapatos e fez o que lhe diziam.

- Já sei, não faz diferença nenhuma perguntar isto, mas ainda quero saber porque tenho agora os pés sujos.

- As rosas são sempre cautelosas, não vá a beleza da dádiva fazê-las esquecer quem lhas deu.

- Claro! Como é que não pensei nisso?

- As rosas nunca, sequer por um minuto, esquecem que a sua existência é uma dádiva da terra e que a terra é a fonte dessa existência. Sabem muito bem que, quando chega a sua hora, murcham e caem no chão como sementes, e que a terra só aceita as sementes das rosas que não se esqueceram de onde vieram. Ao pisares a terra com os pés nus, mostramos às rosas que também não nos esquecemos dela. As rosas gostam disso.

Zeynep Hanim tornou a calçar as sandálias.

- Tudo o que falámos até agora tem sido uma preparação para começarmos a viagem para ouvir as rosas. Tudo foi acerca de nós, as pessoas na demanda. Mas, no jardim, quem demanda já não deve existir, deve deixar-se absorver completamente pelas rosas. Temos de dar-lhes tudo o que temos, a nossa mente, o nosso coração, a nossa alma… Tudo. Se estiveres pronta, podemos começar.

Diana assentiu.

- Muito bem… O que sabes acerca de rosas? – perguntou Zeynep Hanim.

- Nada, na sua perspectiva, absolutamente nada.

- Excelente. É o melhor começo. Agora posso contar-te a regra de ouro para ouvir rosas.

- Regra de Ouro?

- A regra de ouro manda: conhece a tua rosa.

Zeynep Hanim acariciou delicadamente as pétalas da rosa cor-de-laranja à sua esquerda antes de continuar.

- Só podemos aprender sobre uma rosa através de uma rosa. É a única maneira de a conhecer realmente.

Começaram a caminhar para o centro do jardim. Ao fim de algum tempo Zeynep Hanim parou de súbdito e inclinou-se para a rosa amarela que tinha á sua frente.

- Que se passa, Flor Amarela? Nunca te vi chorar antes. Porque choras no jardim da felicidade?

Diana observava-a com toda a atenção. A rosa não emitiu som algum, mas Zeynep Hanim parecia ouvir atentamente, abanando a cabeça de vez em quando em assentimento.

- Tenho tanta pena, não fazia ideia, Flor Amarela – disse para a rosa. – Se a nossa convidada concordar, gostaria e ouvir a tua história do princípio.

Zeynep Hanim virou-se para Diana e perguntou:

- A Flor Amarela hoje está perturbada. Queres ficar um bocadinho e ouvir o que ela tem para dizer?

- Que quer a senhora dizer? Sabe que não consigo ouvir.

- Mesmo que não a possas ouvir, ela ouve-te. Ficamos?

- BEM, sinto-me um pouco estranha, mas está bem.

Diana sentou-se no chão onde Zeynep Hanim indicou, com as pernas debaixo o corpo. Que lhe interessava que as calças brancas se sujassem, se ali sentada podia dar conforto emocional a uma rosa!

- Vou partilhar contigo o que a Flor Amarela está a dizer enquanto me conta a sua história – informou Zeynep Hanim. Depois virou-se para a rosa. – É a Diana, irmã gémea da Maria.

- Gosto em conhecer-te, Diana – Disse a Flor Amarela pela boca de Zeynep Hanim. – Teria pensado que era a Maria se o rouxinol amarelo não me tivesse dito que não.

- Gosto em conhecer-te – disse Diana, como se falasse para sim mesma.

- Bem – continuou Zeynep Hanim. – Conta-nos que te está a deixar tão triste.

- Desculpa – disse Flor Amarela. – Sei que está habituada a ver rosas felizes neste jardim, mas faz hoje anos que a minha velha amiga Vénus perdeu o perfume. Fico assim uma vez por ano, tenho tanta pena…

- Não faz mal, Flor Amarela. Por vezes a felicidade exprime-se melhor nas lágrimas vertidas por uma amiga… Mas, conta-nos como foi isso? Nunca me teria ocorrido que uma amiga tua perdesse o perfume.

- Bem – respondeu a Flor Amarela -, vou começar por lhe falar da primeira rosa perfumada, que deu origem a todas nós, dado que está tudo relacionado com a tragédia por que a Vénus passou…

>> Um dia, o nosso majestoso Sultão, que queria criar uma rosa que ostentasse o seu perfume especial, borrifou o solo do seu jardim com o seu perfume régio. Mais tarde, regou o jardim com o elixir da vida, para que a sua rosa nunca murchasse. E quando finalmente floresceu, ele chamou-lhe <Rosa do Nada>. O nosso Sultão deu-lhe este nome de propósito para que a sua rosa nunca se esquecesse que não tinha cheiro sem ser o perfume do Sultão. Na minha terra, uma rosa só é rosa se tiver perfume.

>> Mais tarde, o Sultão quis que o perfume fosse conhecido de toda a gente, e por isso deixou que a rosa fosse plantada fora dos jardins imperiais. A rosa, que já não seria regada com o elixir da vida, murcharia um dia, mas com o tempo a sua prole levaria o perfume do Sultão a todos os cantos do reino.

>> Vénus e eu somos suas descendentes, e fomos plantadas na praça de uma aldeia. Só abrimos com o único propósito e dar a conhecer o perfume do Sultão, e assim, só queríamos ser apreciadas pelo perfume dele que levávamos.

>> Havia dois tipos de pessoas na aldeia: ‘Aqueles-como-a-Maria’, e os ‘Outros’. Aqueles-como-a-Maria eram os que podiam reconhecer que tínhamos o perfume do Sultão; e por isso se interessavam pelo nosso cheiro acima de tudo. Pelo contrário, os Outros só davam importância à nossa cor, aos pés, às pétalas, ao que fosse visível…

>> Um dia chegou à aldeia um mercador para vender rosas artificiais. Falsas, sem vida, sem cheiro… Não podíamos ter imaginado que haveria alguém interessado nelas. Mas, dentro de pouco tempo, os Outros começaram a sussurrar: ‘O mercador tem rosas bonitas. As pétalas são de tecido sedoso, as cores nunca fenecem e, melhor ainda, os pés não têm espinhos.’

>> Em breve o mercador vendia muitas rosas e a aldeia transformou-se na ‘aldeia das rosas artificiais’. Aqueles-como-a-Maria não toleravam isto e foram abandonando a aldeia. Por fim, eu e a Vénus ficámos com duas coisas: a necessidade de sermos apreciadas e os Outros.

>> Nessa altura, não podíamos prever o desastre a que a situação nos levaria. Pouco depois de Aqueles-como-a-Maria terem desaparecido, a pouco e pouco, começámos a metamorfosear-nos naquilo a que os Outros davam valor, na esperança de ganhar o seu afecto. E como eram só as características exteriores que prezavam, preocupávamo-nos cada vez mais com o nosso aspecto. Esforçávamo-nos por estar direitas como as rosas artificiais, tentávamos prolongar o tempo em que tínhamos as folhas. Nem sequer chorávamos em alturas emotivas, para não enrugar as pétalas. E depressa por falta de cuidado, o nosso perfume começou a desvanecer-se.

>> Moldámo-nos às expectativas dos Outros, assumindo uma forma a seguir à outra. Matizámos as cores, uma e outra vez. Os Outros diziam: ‘Cresce mais’, e nós obedecíamos em silêncio. Primeiro moldavam-nos como queriam e depois não nos poupavam elogios.

>> Porém, apesar disto tudo, sentíamos, no fundo, que não éramos apreciadas. Só os interessados no nosso perfume nos podiam apreciar realmente. Porque é o perfume que faz uma rosa. O sentimento que os Outros tinham por nós só podia ser admiração.

>> Eu tinha consciência disto tudo, mas a Vénus comportava-se como se não se apercebesse. Tentei avisá-la. Disse-lhe que os Outros eram como um verme invisível que encontrou o nosso leito de júbilo carmesim, destruindo as nossas vidas. ‘Temos de escapar imediatamente para o lugar onde estiverem Aqueles-como-a-Maria’ disse-lhe. Ela não prestou atenção às minhas palavras. ‘Tu não és normal’. Disse-me. Não a podia censurar; ela tinha razão. Havia tantas rosas artificiais na aldeia que já era uma regra uma rosa não ter perfume.

>> Tentava eu convencê-la quando apareceu um carreiro de formigas na nossa frente, que formou estas palavras na terra: ‘Objecta aos Outros o que te roubam de Ti’. A Vénus olhou-as desdenhosamente e resmungou, ‘Malditas formigas, estão por todo o lado.’

>> Por fim, percebi que não podia ajudar a Vénus e decidi pelo menos cuidar de mim. Tinha de sair da aldeia o mais depressa possível, mas não sabia como o fazer. As rosas não têm pés, como sabem. Por conseguinte, esperei que aparecesse alguém que me arrancasse pela raiz e me levasse dali.

>> Por fim, eles chegaram: um homem corpulento, uma criança magra e um burro cinzento. Embora o homem e a criança parecessem esgotados, não montavam o burro andavam a seu lado. Era tão estranho, eu não conseguia perceber aquilo.

>> Caíram no chão, aliviados, debaixo de uma árvore próxima. O rapaz virou-se para o pai. ‘Pai, onde é que erramos? Estou tão cansado que quase morremos pelo caminho.’

>> - Cala a boca – disse o pai, e deu um sopapo na orelha ao miúdo. – Andar a pé é sempre assim.

>> - Mas temos um burro, pai! E ele é forte.

>> - Cala-te, já te disse! Só dizes disparates, Não ouviste as pessoas quando andámos os dois no burro? ‘Olhem para os aqueles brutos insensíveis, duas pessoas em cima de um pobre burro!’ Sabe Deus o que pensarão de mim lá na aldeia.

>> - Sim, foi o que disseste quando me mandaste desmontar. Mas pelo menos tu ias confortável, pai.

>> - Sim, mas depois mais alguém disse: ‘Olhem para aquele homem cruel! Vai de burro e pobre criança mal pode andar.’ Conheço esse homem. É um fala-barato. Sabe Deus o que os outros vão pensar na aldeia.

>> - Bem, pai, foi então que desmontaste do burro e me puseste em cima dele. Pelo menos eu ia confortável.

>> - E depois? Que disseram as pessoas? ‘Olhem só a falta de respeito daquele rapaz, sentado no burro quando o pai mal se consegue arrastar.’ Não estou para que digam que filho meu me falta ao respeito. Sabe Deus o que os outros vão pensar na aldeia.

>> - Mas, pai! Depois ficámos os dois apeados.

>> - Cala-te, rapaz tolo. Pelo menos agora ninguém diz mal de nós.

>> Nesse preciso momento, um homem ali perto virou-se para outro e disse: ‘Olhem para aqueles tolos! Têm um burro, mas vieram o caminho todo a pé!’

>> Ao ouvir isto, o pai corou até à raiz dos cabelos. O rapaz sorria. Parecia que tinha compreendido o que o pai não conseguira. As crianças compreendem mesmo.

>> Para atrair a atenção da criança, usei toda a força que tinha para libertar o resto do meu perfume. Assim que o perfume régio o atingiu, o rapaz virou-se para mim. As crianças conhecem muito bem o perfume do Sultão.

>> Quando caiu a noite, ele colheu-me com ternura e pôs-me em cima do burro.

>> Antes de sair dali, a Vénus falou comigo pela última vez. ‘Flor Amarela, dizes que te vais embora para conservares o teu perfume, mas parece que ele já se desvaneceu há muito.’ Ao ouvir isto, uma lágrima caiu-me pelas pétalas abaixo e apercebi-me de que Vénus perdera completamente o seu. Porque uma rosa é o espelho de outra rosa; quando olham uma para a outra, vêem o próprio perfume ou a ausência dele.

>> Na manhã seguinte, quando o pai do rapaz deu por mim, avisou o filho para que não carrega-se o burro com ‘coisas inúteis’. Depois levou-me à feira e vendeu-me. Depois de andar pelas mãos de muitos, finalmente um amante de rosas trouxe-me para o seu jardim para recuperar o meu perfume. Tenho sido tão feliz aqui, mas não posso deixar de me lembrar da Vénus em cada aniversário da nossa despedida.>>

Houve um breve silêncio.

- Se ela já terminou a sua história – disse Diana -, queria perguntar uma coisa à Flor Amarela.

- Podes perguntar querida – disse Zeynep Hanim.

- Flor Amarela, as rosas verdadeiras como tu devem ficar aborrecidas com a existência de rosas artificiais, não devem?

- Mas por que razão? – retrucou Flor Amarela pela boca de Zeynep Hanim. – As rosas artificiais só existem porque há rosas verdadeiras. Quem faria a imitação de uma coisa que não é valiosa? (…)

In A Rosa Perdida de Serdar Ozkan

domingo, 14 de junho de 2009

Dia bom! Educativo!


Hoje tive dia bom, praia, bem! no fim ficou frio!

Mas ospois, banhoca na casa de banho mágica,

camarão cozido,

caipirinha

e tarte de maçã (segredos)

… tudo feito por mim…

estava delicioso com direito a vivas!

Aproveitar os momentos bons! Aceita-los.

Vou explicar o porquê disto, hoje ultrapassei-me, alcancei uma paz, encontrei um caminho!

Oras para quem não sabe, fiz alta tatuagem no pé (grandona mesmo), mas ainda não pode apanhar nem sol nem agua salgada (não fez 15 dias sequer que a acabei)!!!

Fomos á praia, eu sei, eu podia ter dito, não! Que preferia praia fluvial, mas era o ultimo dia aqui de uma das pessoas, e já ontem tinha sido rio.

Além disso a outra pessoa, sabe o quanto adoro MAR…

Então começam os meus amuos, porque não posso por o pé na areia, mostram-me a solução, tem passadiços de madeira, depois levo coisas nas mãos e temos que passar pelos calhaus, e tiram-me as coisas das mãos para eu descer, eu odeio ser tratada como boneca de porcelana (sou orgulhosa, admito).

Chegando á praia tentam ver se eu particípio na escolha do local e eu nada, amuada!, como estava muito vento (sou friorenta) piorou o meu humor, enrosco-me na toalha e sento-me nos calhaus!!!

Cheios de cuidado colocam o guarda-sol deitado, para servir de pára-vento para MIM, educadamente dizem-me ali vais estar melhor, e eu amuada “Não posso pôr o pé na areia”, tentativa na distracção deliciosa que os homens têm, eu pergunto a água está boa? Ao que me respondem, sim está-se muito bem ali, e eu de má, “pois não posso por o pé”, vêm um toque carinhoso de compreensão e eu que faço, adivinhem, sou gaija, sacudo!!!!

Deitam-se depois destes esforços, ambos ao vento fora do guarda-sol, errrr pára-vento… e eu sentada, amuada, orgulhosa numa pedra embrulhada numa toalha!

(isto tudo, desde o inicio da caminhada até ao fim,durou perto de 10 minutos)

DUHHHHHHHHH!!!!!

Porra, levam-me para a praia porque gosto, dão-me o pára-vento, carregam-me as coisas, estendem-me a mão para me ajudar e eu amuo!!!!!!

Não mereciam, e eu pensei, porque é que estava chateada, e não encontrei motivo!

Ninguém me disse nada, chamou atenção ou amuou comigo.

Calmamente estiquei a toalha atrás do para vento, comecei a falar bem com as pessoas, abri sorriso e estendi a minha mão com carinho!

Simplicidade aceite, sem problema!!!

Passei um dia excelente, mesmo os 10 minutos em que me esqueci de aproveitar o que tenho, os momentos que me dão, e não exigir a perfeição.

Porque realmente a perfeição foi atingida na calma com que lidaram com a minha cena!!! E aceitaram a minha remissão.

Não, não estava em TPM… acho que só queria atenção, quando na realidade já a estava a receber.

O bom disto tudo, é que não durou mais de 15 minutos!!! 24 horas num dia, e eu tenho um amuo sem razão de 15m, um único! Ah!ah! a minha evolução e trabalho afinal dão resultados, cada vez mais sou quem quero ser!

Critica


Eu gosto da crítica construtiva, gosto que me digam não, ou acho isto, ou se calhar eu faria antes assim porque…

Não suporto a critica destrutiva ou a critica irritante.

Não a compreendo, não a entendo.

Odeio as frases: “bem te disse”, “se me tivesses dado ouvidos”,”pura burrice, eu avisei-te”, “vais fazer assim”, “fazes tu, mas á minha maneira”, etc.

Saber estar ao lado, só estar mesmo nas coisas mais pequenas, sem dizer nada e aceitar o crescimento daquele ser humano que está a aprender por ele as coisas, é tão bom, fazer parte da construção e não da destruição.

Saber dar espaço sem criticar destrutivamente, aceitar as decisões dos seres humanos sem as levarmos a peito, porque afinal é do crescimento da evolução de quem gostamos que se trata, saber dar espaço, respeita-lo e de vez enquanto partilhar as alegrias e tristezas, quando somos procurados para isso, receber e merecer esse respeito, é das coisas do meu carácter que mais gosto e desejo manter.

As pessoas sabem, as que podem contar com a minha mão, silêncio e sorriso encorajador!

Por isso nunca estou sozinha, tenho-me a mim, e depois as pessoas que me respeitam, porque eu soube dar esse respeito primeiro.

Não se deve exigir o que não se dá!

E principalmente, um ser humano deve ser sempre fiel a ele próprio, conhecer-se e respeitar-se.

O resto a fidelidade aos outros, o conhecimento ou respeito, estão lá naturalmente!

A auto-autenticidade espelhada nos outros.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

FIle Corrupted


Perdi um trabalho, ficheiro corrompido.

Depois de ter estado meia adoentada, dores de cabeça permanentes como nunca tinha tido!!!! depois de finalmente me conseguir levantar e ensaiar de conduzir sem vomitar, pego no trabalho para levar a quem de direito e o ficheiro está corrompido!!!! haja sorte!!!!

Já passaram por isto?

Coisa mais frustrante não há!!!

Trabalho que deu muito trabalho, que estava lindo diferente, orgulho de "mãe" mesmo!!!

Recomeça quase do inicio, refaz, processo demorado, trabalhar foto a foto!!! Colocar luz onde não há!!!! Quase 40 horas de concentração e dedicação que ficaram corrompidas!!!!

Oh! bruxas, bruxos e afins, invejosas (os) e tal podem deixar-me em paz na minha vidinha que eu não chateio ninguém?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Instante

Por um instante, por um momento… ela pára e olha para o mar e sol forte lá em cima.

Olha para ela própria, sente os 32 anos na pele!

Falta menos de um mês para os 33… sente-se bem, sente os problemas graves que tem de resolver, mas também sente as soluções!

Sente o futuro e o presente.

Sente os sonhos e sonha!

Sente as saudades das amizades, as saudades da família, as saudades do amor!

Sente as saudades dos filhos que vai ter, sente-se!

Olha para os pés e vê lá a marca de quem ela é!

Vê aquela fada linda de rabo grande, imperfeita como ela, mas bonita, lutadora.

Vê a marca da sorte que tem de quem já passou na vida dela e a levou a um novo plano,

Vê a marca da luta para manter a amizade de quem realmente vale a pena,

Vê a marca de quem a compreendeu tão bem e lhe mostrou, o ser imperfeito mas mais perfeito e bom, tão parecido com ela.

Está aprender que apesar de poder carregar o mundo numa mochila, á noite pode tirar esse peso e dormir descansada.

Está aprender a continuar a preocupar-se com tudo e todos, mas a preocupar-se com ela também!

Está a descobrir um admirável mundo novo, o dela, criado por ela, sonhado por ela.

Está aprender a bater o pé, a fazer uma birra de vez enquanto, a dizer não!

Está a ver quem é, sem perder nela aquilo que mais admira, sem perder a linda forma como vê o mundo, e como aceita e ama as coisas e as pessoas tal como são.

Está aprender a aceitar a idade, sem perder a inocência e infantilidade que a caracterizam.

É uma pessoa bonita cheia de defeitos.

E sabe ser feliz! Sabe aproveitar os momentos de felicidade que lhe dão força para a vida e a impulsionam na direcção escolhida!

(em breve coloco a foto, deixem só sarar)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Escolhas


As escolhas que fazemos devem (supostamente) basearem-se nos prós e contras, avaliarmos as consequências causadas a nós (boas e más) e se não formos egoístas, avaliarmos também o impacto que causamos nos que amamos.

Depois de tudo pesado e avaliado escolhemos!

E os sentimentos no meio disto? E o impulso? E a cegueira momentânea que os sentimentos, a adrenalina e outros químicos naturais (que produzimos) nos causam?

Como lidar com isto?

Como não perder a magia dos momentos, com tanta avaliação?

Os sentimentos são nossos e às vezes não os controla-mos, veritá?, ou somos tão calculistas que os controlamos sempre?

O impulso, temos assim tanto medo da vida, para o manter sempre de açaime?

E os sentimentos dos que nos amam, será que não nos vão amar por nos verem felizes?

E as consequências? Quando não nos afectam só a nós? Afectam outros que envolvemos nos processos da busca da tal felicidade.

Não haverá compreensão se as consequências foram maiores do que pensámos?

Também não sei!

Sei que encontrei o meu equilíbrio, frágil mas um equilíbrio, agora já verifico os sentimentos, se são mesmo puros ou causados pelo “sofrimento” ou “solidão”. Assim não causo sofrimento a mim ou aos outros.

Não falo só de decisões amorosas, falo de todo o tipo de decisões que se tem que tomar ao longo da vida, das avaliações que se fazem ao escolher quem se quer perto e o mundo que se quer criar.

Continuo sem saber respostas certas, até para mim, mas adoro a busca que cada dia me obriga a fazer, cada evolução, cada partilha, cada lágrima e cada sorriso.

E Gosto muito do que a minha vida me está a trazer agora, na confirmação do que já tinha e na descoberta do que quero ter.

Obrigada Amigo por aceitares a minha amizade e por gostares de me ver feliz.

Obrigada Carinõ por teres as portas abertas e saberes esperar, adoro correntes de ar!

Deixo-vos com a minha frase preferida, que também é da minha autoria:

Amo cada instante e cada sensação, da confusão que é a minha vida!
热爱我生活中的每时每刻,还有那些疑惑的感觉。

(gracias Sara por teres traduzido para Chinês, um dia faço a ttaattoo)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pés no Tablier


Tudo começou por um gesto… pés no tablier menina!

Partida Cova à Destino Coimbra

Estrada antiga onde se acompanha o Mondego, passando por Vila Verde, recebendo a partilha das memórias de quem já lá viveu.

Campos alagados de água, onde começam a aparecer os primeiros sinais do arroz, muitos, tantos que não se adivinha o fim!

Pequenas hortas, onde á semana senhores e senhoras trabalham o que conhecem bem e lhes dá alimento, a terra!

Cabras e ovelhas a pastarem em conjunto, um maralhal á procura de sombra, pois o calor ali é muito.

Cavalos Brancos e Castanhos, uns 10 mais ou menos, também pastavam á entrada de uma Vila, mesmo antes da curva…

Montemor, um Castelo ergue-se lá no cimo bem conservado, bonito, muralha em toda a volta e as casas bem introduzidas na encosta, dão uma magia aquele lugar, que não conheço, só passo e por momentos imagino histórias de amor e desamor, de guerras ganhas e perdidas, de honra, amizade e respeito. (é o meu imaginário, lá pode ser tudo perfeito).

Vou nas minhas histórias e passa uma menina, vestida para um rancho, de telemóvel na mão. Comento, “uma viagem á idade média, mas com telemóvel…” um mote para filme! Começamos, a imaginar as guerras naquele tempo, espadas, cavalos e pouco mais, mas com telemóvel, não vá ser preciso chamar o ferreiro do Areeiro que trabalha 24h por dia, a desencravar espadas de crânios ou costelas!

Pausa a música que ai vem é excelente, sobe-se o som e canta-se baixinho, a voz da cantora é melhor que a nossa, sorriso bom nos lábios e sussurros, Your up and Your donw, Your in and Your Out….

Duas bicicletas, em sentido contrario, uma pequena leva um menino apressado, que dá aos pedais como se não houvesse amanhã, quase que lhe vi a língua de fora tal era a concentração, um Pai atrás sorridente e orgulhoso numa bicicleta em que só de vez enquanto é que dava ao pedal. 

Chegámos, sinto a alegria do desfile da queima, a excitação no ar, os risos e gritos histéricos, o orgulho!

Depois de um dia de Praia, enche-se uma banheira e repousa-se o tempo que se conseguir! Receita boa principalmente se a Casa de Banho for verde, grande e mágica!

Aqueles verdes de floresta mágica, sério é, tem uma fada, um peixe e um gato. Um barco de Piratas e os Piratas, não tem torneiras, a água cai sempre do tecto de um chuveiro Grande, também ele mágico, aquela chuva mágica e quentinha, lava a alma…

Nesta Casa de Banho, tudo é real, desaparece a maldade, a mesquinhez, a inveja, o ódio, as saudades, as dores… e começam amores perfeitos, guerras vencidas justamente, famílias…

Hoje tive um luxo melhor que SPA, serenei e tudo porque… “Pés no tablier…”

domingo, 3 de maio de 2009

Coimbra!


Fim-de-semana cheio de actividades possíveis, ah! cidade tão atarefada!

Queima das Fitas, Ginástica na Nacional, Jogo do Sporting, Feira do Livro, monumentos…

A queima anda por todo o lado, a partir das 15h, pois é quando o pessoal acorda… noites longas as deles, muito espanhol se ouve falar aqui também, queima internacionalizada! O queimódromo só reage á noite!

A Ginástica na Nacional, é por todo o canto, onde tenha um pedaço de relva, ou mesmo nos centros comerciais, miúdos e miúdas do país todo e de várias escolas, associações ou Ginásios apresentam-se, dançam e expressam-se!

O Jogo do Sporting… esse fiasco sem golos… a dizer a verdade nem vi!!! Conheço quem foi ver e voltaram meios irritados! Ahahaah!

O Benfica perdeu! O Sporting empatou :-D… PORTOOOOOOOOOO!

Falha minha, mas ainda não fui á Feira do Livro! Vou conseguir lá ir espero!

Cidade cheia de cantos e recantos encantadores, só lhe falta o mar…

Fui ao convento de Santa Clara a Velha, que esteve inundado e em recuperação muito tempo, perdoem-me a falta de dados históricos, mas prometo que vou estudar!

Sítio bom, embora hoje não estivesse calmo, pois a música da ginástica invadia a igreja… também criou alguma magia, foi a primeira vez que lá entrei.

Azulejos árabes com motivos florais, a cruz dos templários em muitas paredes e no chão, perto de alguns túmulos, a fonte onde alguma coisa era lavada, tinha um rudimentar sistema de esgoto, atraiu-me, trepei a dita fonte só para ver o cimo, descalcei-me para não estragar nada!!!!

Um relvado, cercado por passadeiras de madeira, uma construção moderna, albergava algumas exposições e um bar bem agradável, com uma esplanada em cima de um mini lago quadrado, com vista para a parte mais alta da cidade, a reitoria da universidade, completam um ambiente perfeito para um livro e um sumo!

Aceitam animais… bom sitio para o Puscas e a trela dele!! Da próxima que voltar a esta cidade, trago a trela dele!

Fiz tarte de Pêra, DELICIOSAAAAAAA, e amêijoas à Bulhão Pato, para os irritados… havia cerveja e vinho!!!! Já ta tudo mais bem-disposto, eu estou óptima e recomendo-me!

Pronta para outra portanto!!!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amar! Mar! Ar!

Há já alguns dias, que o poema “Amar” de Florbela Espanca não me sai da cabeça…

Persegue-me, digo-o sem voz na minha mente, observo as pessoas na esplanada, no jardim e as várias relações que ali têm, com o conjugue, o filho, o progenitor, o amigo, o inimigo… oiço conversas soltas nas mesas, tento imaginar a realidade daquelas pessoas… e o poema surge e mentalmente o declamo e volto a declamar… penso nas palavras e no que me fazem sentir… nas palavras que me dizem e o que me fazem sentir… nas saudades de quê, de quem e o porquê, sem análise profunda, só sentimento… sorrio.. Aliás saem gargalhadas saudáveis de felicidade… de poder sentir… de poder amar… de poder viver!

 Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Frize...


Frize de Framboesa nada... é de Groselha... correcção feita e o pedido de desculpas ao rapaz da esplanada!!!!

Eu insistia que tinha de ser framboesa e o coitado, "mas o fornecedor nunca nos trouxe essa"... ahah! Afinal era groselha...

Só falta a Sardinha!


Chega o sol, o calor que tanto adoro, esplanadas, panachés, frizes de framboesa, cafés e livros.

Corpos mais despidos, pés descalços, sorrisos malandros ou tímidos.

Passeios, rios, mares… banheiras… Água!

Risos e imaginação das crianças!

Sem contar com as novas tecnologias, que encurtam distancias e trazem para perto de mim os que amo!

Dia bom, terminado em beleza…

Nunca mais é Junho… pois só falta a sardinha!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fantasma


Hoje é um dia de fantasmas, principalmente porque estou “um farrapo por dentro e assim vou estar durante algum tempo”, palavras sábias que me foram ditas, como modesta opinião.

É uma realidade, se o que eu permiti que o me fizessem está ultrapassado e perdoado a mim própria, o que não controlei, volta vezes sem conta, num cheiro, num gesto, numa palavra.

Então preciso de “milagre”, para ultrapassar o que, ainda, não consegui ultrapassar e sei que sozinha não consigo!

Não conheço muita gente, que tenha sobrevivido ao que eu sobrevivi, sem pormenores de maior, não existe mesmo, quem sobreviva sem ajuda de medicamentos e afins! Tenho muito orgulho no que já alcancei e procuro avidamente resposta para o que ainda falta alcançar, era bem mais fácil ultrapassar os desafios, vulgar problemas, que se apresentam na minha vida, e acho que alguns deles até desapareciam, porque a minha paz total de espírito, e a força da minha personalidade os eliminariam.

Justo será agradecer aos poucos que mal ou bem, vão tendo paciência para me ir ouvindo desabafar sobre o presente, e agradecer MUITO também aos poucos, com estômago para o meu passado!

Porque realmente ajuda muito falar, ajuda que saia tudo e depois reconstruir de uma forma mais positiva o que se passou, descobrir as causas e perdoar aos causadores. Mas como algumas coisas têm raízes demasiado fundas, tenho de repetir o processo mais vezes, foi assim que já ultrapassei muita coisa e que espero conseguir ultrapassar o resto. Descobri que tinha esta solução, ao usar a palavra nunca, palavra comprida que não deve jamais ser usada (eheh). Descobri porque depois de muito contrariar, quem me tentava ajudar, percebi que se ultrapassei umas coisas, as outras devem ir pelo mesmo caminho, visto que me afectam menos porque já em tempos falei e as reconstrui.

Estou feliz porque encontrei uma possível solução, só falta agora arranjar o ouvinte com estômago! Talvez tenha que pagar a um, mas se resolver e ajudar, vai valer a pena!

E agradeço também ao paciente que me vai contrariando, mesmo comigo a dizer que não é assim! Dói o que oiço, mas depois penso, avalio e descubro o meu caminho… mesmo não indo de encontro á opinião de quem ajuda!

Acho que hoje vou dormir mais sossegada!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Afastei-me!


Estive sem escrever um tempo aqui, sem aviso prévio ou algo que se parecesse. Fácil, fiquei sem net, depois sem trabalho… enfim o habitual… resolvi afastar-me de casa e dos problemas por uns dias, aceitei o abrigo dado por um amigo, peguei no puskas, e cá estou eu a decidir a minha vida, longe de tudo o que a abalou.

Procuro uma paz “interior”, encontrei parte dela, pelo menos a calma suficiente para tomar decisões necessárias e obrigatórias nesta fase. Voltei a sonhar, a custo, muitas palavras contraditórias (minhas claro está) e permiti-me a voltar a sonhar… já me tinha esquecido do bem que sabe, da vontade de viver e realizar, de lutar por algo em que acredito, procurar soluções, contornar problemas enfim…

Lá ganhou o Porto.... ajuda no meu sorriso, la veio o sol e o calor… embora me tenha esquecido do biquíni, ajuda ao meu sorriso também… consigo ver as coisas de uma outra perspectiva… alias de várias outras, á muito, muito tempo, que não tirava dias… só para mim. Para fazer o que gosto, dentro das possibilidades financeiras que tenho, mas fazer. Deixei de pensar tanto nos outros e dediquei-me a mim, não esqueci os outros, guardo o mesmo carinho e amor por todos, mas por uns dias sou eu e as minhas decisões. Cortar o cabelo sim, bem curto talvez… fazer uma ou duas tatoos… sim porque não, fazer umas compras para mim!!! Aweeeeee pouca coisa, e muito controlada financeiramente, mas que me faz sorrir.

O puskas não achou muita piada á viagem de carro, mas lá sossegou e acabaram aqueles miados desesperados do inicio, agora já se habituou á casa e ao ambiente, diverte-se imenso atrás de barulhos que vêm do vizinho de baixo, enfim casas antigas de soalho de tábua, gosta das janelas e de atacar tudo o que mexe, não fui só eu que redescobri a minha alma, ele parece um gatinho pequeno outra vez, sempre exigente na hora de comer e dormir, mas de resto brincalhão e muito, muito bem disposto.

Parece que o meu estado de alma, também o afectava a ele…

Não sei quando voltamos, legalmente estou de férias até 29 de Abril, depois sim desemprego.

Para já sabe-me bem sentir saudades de casa e dos amigos, saudavelmente!

Estive muitos, muitos anos sem férias, ou luxos ou mesmo sem gastar um tusto que fosse só a pensar em mim, pois nem que seja por um dia, quando puder (receber) vou realizar algumas coisas e sorrir.

Afinal já não são só palavras, passaram a actos.