segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amar! Mar! Ar!

Há já alguns dias, que o poema “Amar” de Florbela Espanca não me sai da cabeça…

Persegue-me, digo-o sem voz na minha mente, observo as pessoas na esplanada, no jardim e as várias relações que ali têm, com o conjugue, o filho, o progenitor, o amigo, o inimigo… oiço conversas soltas nas mesas, tento imaginar a realidade daquelas pessoas… e o poema surge e mentalmente o declamo e volto a declamar… penso nas palavras e no que me fazem sentir… nas palavras que me dizem e o que me fazem sentir… nas saudades de quê, de quem e o porquê, sem análise profunda, só sentimento… sorrio.. Aliás saem gargalhadas saudáveis de felicidade… de poder sentir… de poder amar… de poder viver!

 Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!

Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca


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