terça-feira, 16 de junho de 2009

A Rosa Perdida (excerto)


(…) Diana ficou um momento com os olhos meio fechados, a inalar o ar perfumado. A cada inspiração sentia que se estava a aproximar mais e mais de um lugar celestial. Mas voltou a este mundo quando Zeynep Hanim tirou os sapatos e começou a esfregar os pés nus na terra.

- Vem querida faz o mesmo.

Com a mesma atitude que tivera na fonte, Diana tirou os sapatos e fez o que lhe diziam.

- Já sei, não faz diferença nenhuma perguntar isto, mas ainda quero saber porque tenho agora os pés sujos.

- As rosas são sempre cautelosas, não vá a beleza da dádiva fazê-las esquecer quem lhas deu.

- Claro! Como é que não pensei nisso?

- As rosas nunca, sequer por um minuto, esquecem que a sua existência é uma dádiva da terra e que a terra é a fonte dessa existência. Sabem muito bem que, quando chega a sua hora, murcham e caem no chão como sementes, e que a terra só aceita as sementes das rosas que não se esqueceram de onde vieram. Ao pisares a terra com os pés nus, mostramos às rosas que também não nos esquecemos dela. As rosas gostam disso.

Zeynep Hanim tornou a calçar as sandálias.

- Tudo o que falámos até agora tem sido uma preparação para começarmos a viagem para ouvir as rosas. Tudo foi acerca de nós, as pessoas na demanda. Mas, no jardim, quem demanda já não deve existir, deve deixar-se absorver completamente pelas rosas. Temos de dar-lhes tudo o que temos, a nossa mente, o nosso coração, a nossa alma… Tudo. Se estiveres pronta, podemos começar.

Diana assentiu.

- Muito bem… O que sabes acerca de rosas? – perguntou Zeynep Hanim.

- Nada, na sua perspectiva, absolutamente nada.

- Excelente. É o melhor começo. Agora posso contar-te a regra de ouro para ouvir rosas.

- Regra de Ouro?

- A regra de ouro manda: conhece a tua rosa.

Zeynep Hanim acariciou delicadamente as pétalas da rosa cor-de-laranja à sua esquerda antes de continuar.

- Só podemos aprender sobre uma rosa através de uma rosa. É a única maneira de a conhecer realmente.

Começaram a caminhar para o centro do jardim. Ao fim de algum tempo Zeynep Hanim parou de súbdito e inclinou-se para a rosa amarela que tinha á sua frente.

- Que se passa, Flor Amarela? Nunca te vi chorar antes. Porque choras no jardim da felicidade?

Diana observava-a com toda a atenção. A rosa não emitiu som algum, mas Zeynep Hanim parecia ouvir atentamente, abanando a cabeça de vez em quando em assentimento.

- Tenho tanta pena, não fazia ideia, Flor Amarela – disse para a rosa. – Se a nossa convidada concordar, gostaria e ouvir a tua história do princípio.

Zeynep Hanim virou-se para Diana e perguntou:

- A Flor Amarela hoje está perturbada. Queres ficar um bocadinho e ouvir o que ela tem para dizer?

- Que quer a senhora dizer? Sabe que não consigo ouvir.

- Mesmo que não a possas ouvir, ela ouve-te. Ficamos?

- BEM, sinto-me um pouco estranha, mas está bem.

Diana sentou-se no chão onde Zeynep Hanim indicou, com as pernas debaixo o corpo. Que lhe interessava que as calças brancas se sujassem, se ali sentada podia dar conforto emocional a uma rosa!

- Vou partilhar contigo o que a Flor Amarela está a dizer enquanto me conta a sua história – informou Zeynep Hanim. Depois virou-se para a rosa. – É a Diana, irmã gémea da Maria.

- Gosto em conhecer-te, Diana – Disse a Flor Amarela pela boca de Zeynep Hanim. – Teria pensado que era a Maria se o rouxinol amarelo não me tivesse dito que não.

- Gosto em conhecer-te – disse Diana, como se falasse para sim mesma.

- Bem – continuou Zeynep Hanim. – Conta-nos que te está a deixar tão triste.

- Desculpa – disse Flor Amarela. – Sei que está habituada a ver rosas felizes neste jardim, mas faz hoje anos que a minha velha amiga Vénus perdeu o perfume. Fico assim uma vez por ano, tenho tanta pena…

- Não faz mal, Flor Amarela. Por vezes a felicidade exprime-se melhor nas lágrimas vertidas por uma amiga… Mas, conta-nos como foi isso? Nunca me teria ocorrido que uma amiga tua perdesse o perfume.

- Bem – respondeu a Flor Amarela -, vou começar por lhe falar da primeira rosa perfumada, que deu origem a todas nós, dado que está tudo relacionado com a tragédia por que a Vénus passou…

>> Um dia, o nosso majestoso Sultão, que queria criar uma rosa que ostentasse o seu perfume especial, borrifou o solo do seu jardim com o seu perfume régio. Mais tarde, regou o jardim com o elixir da vida, para que a sua rosa nunca murchasse. E quando finalmente floresceu, ele chamou-lhe <Rosa do Nada>. O nosso Sultão deu-lhe este nome de propósito para que a sua rosa nunca se esquecesse que não tinha cheiro sem ser o perfume do Sultão. Na minha terra, uma rosa só é rosa se tiver perfume.

>> Mais tarde, o Sultão quis que o perfume fosse conhecido de toda a gente, e por isso deixou que a rosa fosse plantada fora dos jardins imperiais. A rosa, que já não seria regada com o elixir da vida, murcharia um dia, mas com o tempo a sua prole levaria o perfume do Sultão a todos os cantos do reino.

>> Vénus e eu somos suas descendentes, e fomos plantadas na praça de uma aldeia. Só abrimos com o único propósito e dar a conhecer o perfume do Sultão, e assim, só queríamos ser apreciadas pelo perfume dele que levávamos.

>> Havia dois tipos de pessoas na aldeia: ‘Aqueles-como-a-Maria’, e os ‘Outros’. Aqueles-como-a-Maria eram os que podiam reconhecer que tínhamos o perfume do Sultão; e por isso se interessavam pelo nosso cheiro acima de tudo. Pelo contrário, os Outros só davam importância à nossa cor, aos pés, às pétalas, ao que fosse visível…

>> Um dia chegou à aldeia um mercador para vender rosas artificiais. Falsas, sem vida, sem cheiro… Não podíamos ter imaginado que haveria alguém interessado nelas. Mas, dentro de pouco tempo, os Outros começaram a sussurrar: ‘O mercador tem rosas bonitas. As pétalas são de tecido sedoso, as cores nunca fenecem e, melhor ainda, os pés não têm espinhos.’

>> Em breve o mercador vendia muitas rosas e a aldeia transformou-se na ‘aldeia das rosas artificiais’. Aqueles-como-a-Maria não toleravam isto e foram abandonando a aldeia. Por fim, eu e a Vénus ficámos com duas coisas: a necessidade de sermos apreciadas e os Outros.

>> Nessa altura, não podíamos prever o desastre a que a situação nos levaria. Pouco depois de Aqueles-como-a-Maria terem desaparecido, a pouco e pouco, começámos a metamorfosear-nos naquilo a que os Outros davam valor, na esperança de ganhar o seu afecto. E como eram só as características exteriores que prezavam, preocupávamo-nos cada vez mais com o nosso aspecto. Esforçávamo-nos por estar direitas como as rosas artificiais, tentávamos prolongar o tempo em que tínhamos as folhas. Nem sequer chorávamos em alturas emotivas, para não enrugar as pétalas. E depressa por falta de cuidado, o nosso perfume começou a desvanecer-se.

>> Moldámo-nos às expectativas dos Outros, assumindo uma forma a seguir à outra. Matizámos as cores, uma e outra vez. Os Outros diziam: ‘Cresce mais’, e nós obedecíamos em silêncio. Primeiro moldavam-nos como queriam e depois não nos poupavam elogios.

>> Porém, apesar disto tudo, sentíamos, no fundo, que não éramos apreciadas. Só os interessados no nosso perfume nos podiam apreciar realmente. Porque é o perfume que faz uma rosa. O sentimento que os Outros tinham por nós só podia ser admiração.

>> Eu tinha consciência disto tudo, mas a Vénus comportava-se como se não se apercebesse. Tentei avisá-la. Disse-lhe que os Outros eram como um verme invisível que encontrou o nosso leito de júbilo carmesim, destruindo as nossas vidas. ‘Temos de escapar imediatamente para o lugar onde estiverem Aqueles-como-a-Maria’ disse-lhe. Ela não prestou atenção às minhas palavras. ‘Tu não és normal’. Disse-me. Não a podia censurar; ela tinha razão. Havia tantas rosas artificiais na aldeia que já era uma regra uma rosa não ter perfume.

>> Tentava eu convencê-la quando apareceu um carreiro de formigas na nossa frente, que formou estas palavras na terra: ‘Objecta aos Outros o que te roubam de Ti’. A Vénus olhou-as desdenhosamente e resmungou, ‘Malditas formigas, estão por todo o lado.’

>> Por fim, percebi que não podia ajudar a Vénus e decidi pelo menos cuidar de mim. Tinha de sair da aldeia o mais depressa possível, mas não sabia como o fazer. As rosas não têm pés, como sabem. Por conseguinte, esperei que aparecesse alguém que me arrancasse pela raiz e me levasse dali.

>> Por fim, eles chegaram: um homem corpulento, uma criança magra e um burro cinzento. Embora o homem e a criança parecessem esgotados, não montavam o burro andavam a seu lado. Era tão estranho, eu não conseguia perceber aquilo.

>> Caíram no chão, aliviados, debaixo de uma árvore próxima. O rapaz virou-se para o pai. ‘Pai, onde é que erramos? Estou tão cansado que quase morremos pelo caminho.’

>> - Cala a boca – disse o pai, e deu um sopapo na orelha ao miúdo. – Andar a pé é sempre assim.

>> - Mas temos um burro, pai! E ele é forte.

>> - Cala-te, já te disse! Só dizes disparates, Não ouviste as pessoas quando andámos os dois no burro? ‘Olhem para os aqueles brutos insensíveis, duas pessoas em cima de um pobre burro!’ Sabe Deus o que pensarão de mim lá na aldeia.

>> - Sim, foi o que disseste quando me mandaste desmontar. Mas pelo menos tu ias confortável, pai.

>> - Sim, mas depois mais alguém disse: ‘Olhem para aquele homem cruel! Vai de burro e pobre criança mal pode andar.’ Conheço esse homem. É um fala-barato. Sabe Deus o que os outros vão pensar na aldeia.

>> - Bem, pai, foi então que desmontaste do burro e me puseste em cima dele. Pelo menos eu ia confortável.

>> - E depois? Que disseram as pessoas? ‘Olhem só a falta de respeito daquele rapaz, sentado no burro quando o pai mal se consegue arrastar.’ Não estou para que digam que filho meu me falta ao respeito. Sabe Deus o que os outros vão pensar na aldeia.

>> - Mas, pai! Depois ficámos os dois apeados.

>> - Cala-te, rapaz tolo. Pelo menos agora ninguém diz mal de nós.

>> Nesse preciso momento, um homem ali perto virou-se para outro e disse: ‘Olhem para aqueles tolos! Têm um burro, mas vieram o caminho todo a pé!’

>> Ao ouvir isto, o pai corou até à raiz dos cabelos. O rapaz sorria. Parecia que tinha compreendido o que o pai não conseguira. As crianças compreendem mesmo.

>> Para atrair a atenção da criança, usei toda a força que tinha para libertar o resto do meu perfume. Assim que o perfume régio o atingiu, o rapaz virou-se para mim. As crianças conhecem muito bem o perfume do Sultão.

>> Quando caiu a noite, ele colheu-me com ternura e pôs-me em cima do burro.

>> Antes de sair dali, a Vénus falou comigo pela última vez. ‘Flor Amarela, dizes que te vais embora para conservares o teu perfume, mas parece que ele já se desvaneceu há muito.’ Ao ouvir isto, uma lágrima caiu-me pelas pétalas abaixo e apercebi-me de que Vénus perdera completamente o seu. Porque uma rosa é o espelho de outra rosa; quando olham uma para a outra, vêem o próprio perfume ou a ausência dele.

>> Na manhã seguinte, quando o pai do rapaz deu por mim, avisou o filho para que não carrega-se o burro com ‘coisas inúteis’. Depois levou-me à feira e vendeu-me. Depois de andar pelas mãos de muitos, finalmente um amante de rosas trouxe-me para o seu jardim para recuperar o meu perfume. Tenho sido tão feliz aqui, mas não posso deixar de me lembrar da Vénus em cada aniversário da nossa despedida.>>

Houve um breve silêncio.

- Se ela já terminou a sua história – disse Diana -, queria perguntar uma coisa à Flor Amarela.

- Podes perguntar querida – disse Zeynep Hanim.

- Flor Amarela, as rosas verdadeiras como tu devem ficar aborrecidas com a existência de rosas artificiais, não devem?

- Mas por que razão? – retrucou Flor Amarela pela boca de Zeynep Hanim. – As rosas artificiais só existem porque há rosas verdadeiras. Quem faria a imitação de uma coisa que não é valiosa? (…)

In A Rosa Perdida de Serdar Ozkan

domingo, 14 de junho de 2009

Dia bom! Educativo!


Hoje tive dia bom, praia, bem! no fim ficou frio!

Mas ospois, banhoca na casa de banho mágica,

camarão cozido,

caipirinha

e tarte de maçã (segredos)

… tudo feito por mim…

estava delicioso com direito a vivas!

Aproveitar os momentos bons! Aceita-los.

Vou explicar o porquê disto, hoje ultrapassei-me, alcancei uma paz, encontrei um caminho!

Oras para quem não sabe, fiz alta tatuagem no pé (grandona mesmo), mas ainda não pode apanhar nem sol nem agua salgada (não fez 15 dias sequer que a acabei)!!!

Fomos á praia, eu sei, eu podia ter dito, não! Que preferia praia fluvial, mas era o ultimo dia aqui de uma das pessoas, e já ontem tinha sido rio.

Além disso a outra pessoa, sabe o quanto adoro MAR…

Então começam os meus amuos, porque não posso por o pé na areia, mostram-me a solução, tem passadiços de madeira, depois levo coisas nas mãos e temos que passar pelos calhaus, e tiram-me as coisas das mãos para eu descer, eu odeio ser tratada como boneca de porcelana (sou orgulhosa, admito).

Chegando á praia tentam ver se eu particípio na escolha do local e eu nada, amuada!, como estava muito vento (sou friorenta) piorou o meu humor, enrosco-me na toalha e sento-me nos calhaus!!!

Cheios de cuidado colocam o guarda-sol deitado, para servir de pára-vento para MIM, educadamente dizem-me ali vais estar melhor, e eu amuada “Não posso pôr o pé na areia”, tentativa na distracção deliciosa que os homens têm, eu pergunto a água está boa? Ao que me respondem, sim está-se muito bem ali, e eu de má, “pois não posso por o pé”, vêm um toque carinhoso de compreensão e eu que faço, adivinhem, sou gaija, sacudo!!!!

Deitam-se depois destes esforços, ambos ao vento fora do guarda-sol, errrr pára-vento… e eu sentada, amuada, orgulhosa numa pedra embrulhada numa toalha!

(isto tudo, desde o inicio da caminhada até ao fim,durou perto de 10 minutos)

DUHHHHHHHHH!!!!!

Porra, levam-me para a praia porque gosto, dão-me o pára-vento, carregam-me as coisas, estendem-me a mão para me ajudar e eu amuo!!!!!!

Não mereciam, e eu pensei, porque é que estava chateada, e não encontrei motivo!

Ninguém me disse nada, chamou atenção ou amuou comigo.

Calmamente estiquei a toalha atrás do para vento, comecei a falar bem com as pessoas, abri sorriso e estendi a minha mão com carinho!

Simplicidade aceite, sem problema!!!

Passei um dia excelente, mesmo os 10 minutos em que me esqueci de aproveitar o que tenho, os momentos que me dão, e não exigir a perfeição.

Porque realmente a perfeição foi atingida na calma com que lidaram com a minha cena!!! E aceitaram a minha remissão.

Não, não estava em TPM… acho que só queria atenção, quando na realidade já a estava a receber.

O bom disto tudo, é que não durou mais de 15 minutos!!! 24 horas num dia, e eu tenho um amuo sem razão de 15m, um único! Ah!ah! a minha evolução e trabalho afinal dão resultados, cada vez mais sou quem quero ser!

Critica


Eu gosto da crítica construtiva, gosto que me digam não, ou acho isto, ou se calhar eu faria antes assim porque…

Não suporto a critica destrutiva ou a critica irritante.

Não a compreendo, não a entendo.

Odeio as frases: “bem te disse”, “se me tivesses dado ouvidos”,”pura burrice, eu avisei-te”, “vais fazer assim”, “fazes tu, mas á minha maneira”, etc.

Saber estar ao lado, só estar mesmo nas coisas mais pequenas, sem dizer nada e aceitar o crescimento daquele ser humano que está a aprender por ele as coisas, é tão bom, fazer parte da construção e não da destruição.

Saber dar espaço sem criticar destrutivamente, aceitar as decisões dos seres humanos sem as levarmos a peito, porque afinal é do crescimento da evolução de quem gostamos que se trata, saber dar espaço, respeita-lo e de vez enquanto partilhar as alegrias e tristezas, quando somos procurados para isso, receber e merecer esse respeito, é das coisas do meu carácter que mais gosto e desejo manter.

As pessoas sabem, as que podem contar com a minha mão, silêncio e sorriso encorajador!

Por isso nunca estou sozinha, tenho-me a mim, e depois as pessoas que me respeitam, porque eu soube dar esse respeito primeiro.

Não se deve exigir o que não se dá!

E principalmente, um ser humano deve ser sempre fiel a ele próprio, conhecer-se e respeitar-se.

O resto a fidelidade aos outros, o conhecimento ou respeito, estão lá naturalmente!

A auto-autenticidade espelhada nos outros.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

FIle Corrupted


Perdi um trabalho, ficheiro corrompido.

Depois de ter estado meia adoentada, dores de cabeça permanentes como nunca tinha tido!!!! depois de finalmente me conseguir levantar e ensaiar de conduzir sem vomitar, pego no trabalho para levar a quem de direito e o ficheiro está corrompido!!!! haja sorte!!!!

Já passaram por isto?

Coisa mais frustrante não há!!!

Trabalho que deu muito trabalho, que estava lindo diferente, orgulho de "mãe" mesmo!!!

Recomeça quase do inicio, refaz, processo demorado, trabalhar foto a foto!!! Colocar luz onde não há!!!! Quase 40 horas de concentração e dedicação que ficaram corrompidas!!!!

Oh! bruxas, bruxos e afins, invejosas (os) e tal podem deixar-me em paz na minha vidinha que eu não chateio ninguém?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Instante

Por um instante, por um momento… ela pára e olha para o mar e sol forte lá em cima.

Olha para ela própria, sente os 32 anos na pele!

Falta menos de um mês para os 33… sente-se bem, sente os problemas graves que tem de resolver, mas também sente as soluções!

Sente o futuro e o presente.

Sente os sonhos e sonha!

Sente as saudades das amizades, as saudades da família, as saudades do amor!

Sente as saudades dos filhos que vai ter, sente-se!

Olha para os pés e vê lá a marca de quem ela é!

Vê aquela fada linda de rabo grande, imperfeita como ela, mas bonita, lutadora.

Vê a marca da sorte que tem de quem já passou na vida dela e a levou a um novo plano,

Vê a marca da luta para manter a amizade de quem realmente vale a pena,

Vê a marca de quem a compreendeu tão bem e lhe mostrou, o ser imperfeito mas mais perfeito e bom, tão parecido com ela.

Está aprender que apesar de poder carregar o mundo numa mochila, á noite pode tirar esse peso e dormir descansada.

Está aprender a continuar a preocupar-se com tudo e todos, mas a preocupar-se com ela também!

Está a descobrir um admirável mundo novo, o dela, criado por ela, sonhado por ela.

Está aprender a bater o pé, a fazer uma birra de vez enquanto, a dizer não!

Está a ver quem é, sem perder nela aquilo que mais admira, sem perder a linda forma como vê o mundo, e como aceita e ama as coisas e as pessoas tal como são.

Está aprender a aceitar a idade, sem perder a inocência e infantilidade que a caracterizam.

É uma pessoa bonita cheia de defeitos.

E sabe ser feliz! Sabe aproveitar os momentos de felicidade que lhe dão força para a vida e a impulsionam na direcção escolhida!

(em breve coloco a foto, deixem só sarar)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Escolhas


As escolhas que fazemos devem (supostamente) basearem-se nos prós e contras, avaliarmos as consequências causadas a nós (boas e más) e se não formos egoístas, avaliarmos também o impacto que causamos nos que amamos.

Depois de tudo pesado e avaliado escolhemos!

E os sentimentos no meio disto? E o impulso? E a cegueira momentânea que os sentimentos, a adrenalina e outros químicos naturais (que produzimos) nos causam?

Como lidar com isto?

Como não perder a magia dos momentos, com tanta avaliação?

Os sentimentos são nossos e às vezes não os controla-mos, veritá?, ou somos tão calculistas que os controlamos sempre?

O impulso, temos assim tanto medo da vida, para o manter sempre de açaime?

E os sentimentos dos que nos amam, será que não nos vão amar por nos verem felizes?

E as consequências? Quando não nos afectam só a nós? Afectam outros que envolvemos nos processos da busca da tal felicidade.

Não haverá compreensão se as consequências foram maiores do que pensámos?

Também não sei!

Sei que encontrei o meu equilíbrio, frágil mas um equilíbrio, agora já verifico os sentimentos, se são mesmo puros ou causados pelo “sofrimento” ou “solidão”. Assim não causo sofrimento a mim ou aos outros.

Não falo só de decisões amorosas, falo de todo o tipo de decisões que se tem que tomar ao longo da vida, das avaliações que se fazem ao escolher quem se quer perto e o mundo que se quer criar.

Continuo sem saber respostas certas, até para mim, mas adoro a busca que cada dia me obriga a fazer, cada evolução, cada partilha, cada lágrima e cada sorriso.

E Gosto muito do que a minha vida me está a trazer agora, na confirmação do que já tinha e na descoberta do que quero ter.

Obrigada Amigo por aceitares a minha amizade e por gostares de me ver feliz.

Obrigada Carinõ por teres as portas abertas e saberes esperar, adoro correntes de ar!

Deixo-vos com a minha frase preferida, que também é da minha autoria:

Amo cada instante e cada sensação, da confusão que é a minha vida!
热爱我生活中的每时每刻,还有那些疑惑的感觉。

(gracias Sara por teres traduzido para Chinês, um dia faço a ttaattoo)