sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Não se esqueçe...


Estava eu a rever uns textos num blog de um amigo, e tenho de novo aquela sensação nostálgica de algo que falta.

Estava a ler um texto sobre cartas de amor… li, pensei, dormi sobre o assunto e percebi o que se passa.

Passa-se que perdi os registos de uma das mais bonitas épocas da minha vida, tinha caixas de cartas de amor, de um único rapaz/homem, com fotos, desenhos sobre o futuro, letras de canções, promessas de protecção, promessas e juras de um amor eterno, respondi a todas com a mesma paixão, amor e dedicação.

Foi o meu primeiro Grande Amor, aquele que ainda hoje carrego no peito com um carinho meigo, uma saudade eterna, de um sorriso que me fazia tremer as pernas.

Sim éramos muito novos…

Fui a 1ª rapariga dele, foi o meu primeiro protector.

Levantava-se às 5 da manhã se fosse necessário, mesmo que não tivesse aulas de manhã, para ir do Cacém ao Jardim da Estrela, de comboio, à uns 16 ou 17 anos, ouvir-me chorar, abraçar-me, consolar-me não importava se assunto era realmente sério, ou só uma crise de fim do mundo adolescente.

Um Miúdo que estudava muito num curso técnico profissional de desenho de construção, trabalhava numa geladaria e tinha um tempo enorme para mim.

A minha dedicação era igual, ficava na esplanada da geladaria a estudar ou a ler só para lhe fazer companhia, porque as noites eram chatas de passar, deixava-o dormir no meu colo no jardim ou no comboio, nem me mexia, não permitia que nada perturbasse aquele sono perfeito, sorria sempre para lhe dar força, enfiava-me em comboios para terras longínquas, Cacém( para mim era um outro mundo, outra realidade).

Conhecemo-nos fora de escola, na torre de Belém, que pelos vistos era sítio para onde ambos fugíamos, para ler, da dureza que enfrentava-mos tão diferente das outras realidades que conhecíamos, só depois de falarmos muito tempo, após o primeiro dia em que tivemos coragem para dizer olá, é que descobrimos que até estudávamos na mesma escola… Destino só podia ser destino…

 Muito amor, muito carinho, dedicação durante uns anos, como se não houvesse amanhã, num tempo em que o amor era eterno, a inocência moldava o futuro perfeito.

 Lembro-me alguns anos mais tarde de o ver, eu estava casada, e fui má! De Raiva de não poder ter mais aquele amor, de arrependimento de o ter perdido.

 E muitos anos mais tarde, lembro-me de ver queimar toda aquela dedicação, amor, conto de fadas, projectos, juventude, por alguém que sentia raiva porque não sentia o mesmo por ele.

 Tudo isto para falar sobre os amores, e o espaço de cada um nas nossas vidas.

 Começo por dizer que, um amor, uma paixão é sempre diferente, e ninguém ocupa o lugar de ninguém, conquista um novo. O coração não tem limites nestes assuntos… nem de upload nem de download.

 Portanto deixem-se lá de ciumeiras de um passado que nunca vão ocupar, entreguem-se ao presente e ao futuro com simples dedicação.

 Esqueçam o que sofreram ou os traumas que trazem, vivam com a mesma inocência e entrega cada um dos vossos amores.

Somos todos diferentes, e a partilha das experiencias faz parte desses amores e paixões, partilhem, mas não vivam os fantasmas, vivam o presente, aceitem, dêem o beneficio da duvida, vivam cada paixão, cada amor como se fosse o primeiro, porque é, com aquele ser humano é!!!

Texto longo eu sei, mas eu quando começo tenho dificuldade em parar, e uma coisa leva a outra, assunto puxa assunto…

Este foi o 1º escorpião que realmente marcou a minha vida, eu sou água ele era fogo… a ebulição de sentimentos e dos corpos era mais que obvia!!!

Tive mais 2 que me marcaram assim, que se tatuaram em mim e nunca mais saem ou vão sair… um dia conto…

Vivam os sentimentos que nos unem ou separam, Vivam a vida que nos permite altos e baixos, vivam as memórias doces…

Inté breve


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Relaxar...


hoje é dia bom para o relaxe, uns copitos ontem, muita gente na rua, mascaras(não este ano não me mascarei), muita risota...

relaxe de um bom banho, daqueles de banheira e espuma... um almocinho á maneira... um livro ou um filme... enfim um dia meu para mim...

com todos os rituais necessários:

musica boa durante o banho ( leonard cohen e edit piaf) relembrar os amigos bons que tenho!!! sentir nostalgia e saudades… porque os tenho…

um bom creme e bem cheiroso para espalhar pelo corpo suavemente com tempo sem pressas,

tratar dos pés, um creme, pintar as unhas...

tratar das mãos, um creme arranjar as unhas...

uma roupa confortavél mas fresca

um miado e um ronronar do puscas

um almoço regado com um tapadas branco

o terraço e o sol, um livro e um gelado de limão...

depois... enfim para quem me conhece vou relaxar ainda mais (tenho um amigo mudo, eheh)

um filme esticada na cama...

jantar soft e deitar sossegada a saber que tirei um dia para mim...

para o próximo dia só meu, completo com um bom amigo, um museu e sem duvida alguma o MAR... o único sitio onde realmente me sinto em casa...

vou para a parte do almoço… sossego.. chiuuuuuu

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Realida dolorosa!


Quando estamos mal, não temos o direito de usar os outros para nos sentirmos melhor.

Começo com esta frase, porque descobri o lado negro de alguém muito recentemente, um lado negro feio. Não deixei de gostar da pessoa, todos temos um lado negro, temos algo que nos permite sobreviver quando mais nada resulta, mas é preciso estarmos no limite para usa-lo.

Cada vez mais acredito que quanto mais me dizem quão honestas as pessoas são ou verdadeiras, menos acredito e não gosto do que começo a ver.

Se não gostamos de estar não estamos, simples! Se temos coisas a pagar, não fazemos loucuras, simples! Se não queremos magoar, aprendemos que os fins podem não justificar os meios, simples! Se estamos cansados descansamos sem prejudicar ninguém, simples! Se dizemos algo, mantemos a palavra até ao fim, simples!

Coerência Simples!

Chego á conclusão que é raro, encontrar um ser humano que saiba realmente o que é receber ou dar.

É triste chegar a esta idade e dar de caras com estas realidades, conto as pessoas que conheci, analiso cada pormenor e adivinho em cada uma delas desde que tenho memória a necessidade de sobreviver através deste lado Negro. Desiludida, desilusões com anos de existência e que só agora caem em mim, apercebo-me, não consigo descrever a dor que me invade a cada lembrança.

Penso nos anos de luta e batalha, para não ser uma vaca, usar o meu corpo ou sensualidade como arma de sobrevivência, e sim a compaixão, o entendimento de cada Ser Humano.

Entender que por detrás de cada acto, reacção, sonho de um Ser Humano está uma quantidade de factores alheios ao próprio, factores sociais, raciais, económicos, educacionais, ambientais. A noção que cada Ser Humano tem escolhas difíceis a fazer, consequências a viver, erros para se auto perdoar, entender que tal como eu, toda a humanidade Vive!

E que para uns devido a uma série de factores, é mais difícil suportar, é mais difícil alcançar às vezes coisas básicas, mas realmente nós somos resultado do ambiente que nos rodeia:

termos tido oportunidades que agarrámos ou desperdiçámos.

não termos tido oportunidades se aceitámos essa realidade ou se lutámos por elas e realizamos sonhos.

Aceito cada Ser Humano tal como é sem julgar se é certo ou errado, mas Dói, ver tanto jogo, falsidade, falta de amor próprio, não consigo mais negar a mim própria quão merdosa é a sociedade e mais as suas regras morais, falsas e anuladoras…

Amo e vou sempre amar viver, agora tenho de lidar com a dor que esta realidade me está a provocar, analisar e escolher o caminho que quero tomar daqui para a frente, as pessoas que merecem ter-me junto delas, e lutar, lutar por me livrar destas correntes de dor e nadar, nadar sem parar com o sorriso de sempre no meu olhar.

O merecer ter-me junto delas, é só o facto de eu achar ou não que me merecem, sem as julgar acreditem, não existe o certo ou errado em ser-se humano, mas existem coisas que para mim nesta altura se tornaram importantes, e já não posso perder mais tempo com pessoas que metem a elas próprias.

Isso é o pior raro é o Ser Humano que realmente é honesto consigo próprio e ajuda-se ao aceitar-se, melhorar-se e tornar algumas das suas cruzes mais leves.

Nunca tomei uma decisão tão drástica na minha vida, mas ao fim de 2 anos a ver muita gente auto-desonesta e a usarem-se, a mesquinharem-se, a destruirem-se e a tentarem possuir a minha forma de vida.

Quem não se admite e não é coerente, mantenha-se afastado da minha mente.

Eu sou uma merda como toda a gente, mas ao menos admito, com um sorriso, que o sou e luto para aprender a não ser.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

o primeiro texto


estou triste, sinto-me em baixo, porque a vida é assim mesmo.

 

sinto falta de uns amigos, tenho vontade de os ver e de os sentir.

 

sinto falta de alguma honestidade na minha vida (sim alguém que adoro mentiu-me), faz parte do ser humano, pensar que poupar o outro à verdade é melhor! Engano, pelo menos comigo.

 

mas apesar de triste, sinto vontade de viver, não tenho raiva ou rancor dentro de mim, essa guardo para as injustiças gerais (mas se tiver amigos, família, idosos ou crianças piora, vira bicho mesmo)

 

a vida dá muitas voltas, esquecer amores ou paixões desgastam, mas mais tarde ou mais cedo tudo se recompõe, a não ser que no sonho, no imaginário (tenho demais) desta cabeça um dia aquela pessoa se aperceba que afinal gosta de mim, (com esta idade já devia saber melhor)

 

mas, tal como nas relações amorosas, nas pessoas ou na vida, eu acredito sempre até ao limite, em tudo! e apesar da tristeza que vem, ou não nos casos felizes, acredito sempre. Até ao embate, até perceber que afinal o caminho não compensa, mas tenho casos felizes na minha vida, de pessoas que deixei entrar e ficaram para sempre, de coisas que vivi porque arrisquei o salto de pára-quedas, a descida de rappel, o viajar mesmo sozinha, and so on...

 

um dia destes volto a um assunto qualquer aqui postado e que seja interessante!

 

vou beber um vinho, falar com uns amigos (novas tecnologias), pôr uma musiquinha agradável e dançar, dançar até sentir que estou estourada e consigo dormir.  

 

mas eu própria costumo dizer sempre 2 coisas:

 

1ª Smile throw your fear and sorrow Smile and maybe tomorrow you’ll see the Sun come shining throw for you…

 

2ª quando á superfície o Mar está calmo, as correntes lá em baixo podem ser muito fortes, quando Mar está furioso cá em cima, lá no fundo podemos encontrar calma…

 

(hoje é desabafo, ninguém me vai responder a viva voz, e o gato apesar de solidário só me lambe a mão e ronrona)

 

vou experimentar escrever num blogue, em vez de só escrever para mim, pode ser que me surpreenda.

Um blogue

Alugmas vezes vou só desabafar, outras pensar alto, outras disparatar...

Afinal é assim que vivo!

Sejam bem vindos(as)!

ou não!